19 de fevereiro de 2011

foi o fim meu amor,

Naquela tarde caminhei sozinha.
Ouvia música e lembrei-me de ti.
Lembrei-me da tua cara, do teu sorriso, da tua voz, da felicidade que me fazias sentir quando estava contigo.
Continuei a andar e tu estavas a meu lado, deste-me a mão e ficaste comigo.
Sei que talvez fosse um pouco excessivo; mas estava a ser tudo tão bom :$
Tu tinhas voltado, aquela pessoa que eu admirava tinha voltado, por mais difícil que fosse acreditar.
Deste-me um abraço dos teus e foste embora; quando percebi que era um sonho, uma única lágrima caiu-me.
Pus a música bem mais alta e num momento de desespero voltei a pensar que te queria comigo, o que nunca foi mentira.
Tenho medo de voltar aqueles lugares todos sem ti, sem ter o teu apoio, sem te ter comigo; não vou voltar lá sem ti, mesmo ainda havendo tanto para descobrir.
És a única pessoa que me conhece pelas mãos, que sabe quando preciso de um abraço ou não. E quando digo que foi feliz contigo, minto porque fui bem mais do que isso.
Tenho esperanças que voltes a ser a mesma pessoa, mas pode ser tarde demais. Enquanto eu existir, enquanto o teu olhar se cruzar com o meu, enquanto tu apareceres no meu caminho, enquanto eu pensar em ti e me lembrar do teu sorriso vai ser tudo muito mais fácil.
O meu caminho vai ser mais fácil de percorrer, vou começando a descodificar os códigos do jogo e arranjar soluções para que cada dia que passe seja mais forte e consiga ultrapassar tudo o que senti até hoje. Não vou gritar sempre que me apeteça o teu nome, vou fazer melhor, vou escreve-lo e deitá-lo ao lixo.
E quando me apetecer chorar vou rir lembrando-me sempre do que me fez feliz.
Mas quando me apetecer fugir não o vou fazer; vou enfrentar-te e mostrar-te que sou forte. E agora não tenho medo de lutar, nem medo de te ver.
No caminho do costume encontrei um papel no chão, um papel diferente. Li o que lá dizia e segui para a frente da forma que achava que devia ser.
Nessa tarde não pensei em ti, achei então que tudo tinha passado. Estive parte da noite a pensar no que haveria de fazer, abri a caixa de recordações, o álbum das fotografias, a caixa dos segredos e o caderno que estava na estante e vi cada palavra, cada gesto, cada expressão, cada linha. Foi aí que decidi juntar tudo e mostrar-te que sou forte. Mas mais uma vez falo sobre ti, mas agora de forma diferente. Com tudo isto vi o carácter de várias pessoas, tomei opções e descobri mais sobre mim.
Claro que falta uma parte de mim, mas essa parte de mim és tu. Não te olho com ódio, olho-te apenas com felicidade. Felicidade essa que construí contigo e que me fez crescer.

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